O nutricionista tem importante papel social como promotor de saúde, atuando em ações que visem à alimentação adequada e à garantia da segurança alimentar. A partir desta concepção e da necessidade de debater a atual conjuntura da fome no Brasil, o CRN-2 promoveu o seminário “O papel do nutricionista como promotor de saúde no combate à fome”, que reuniu quase 130 profissionais e acadêmicos em Nutrição para um dia de debates e atualização profissional.
Realizado no dia 3 de setembro, o seminário marcou, ainda, a retomada das ações presenciais alusivas ao Dia do Nutricionista promovidas pelo CRN-2 que não aconteciam desde 2019 em função da pandemia da Covid-19.
Os palestrantes destacaram o protagonismo dos nutricionistas no cenário de insegurança alimentar e da volta do Brasil ao mapa mundial da fome, pois têm em suas ações cotidianas o foco na garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAAS). Para eles, a segurança alimentar e nutricional vai além da oferta de alimento, e que os profissionais, independente da área de atuação, precisam estar atentos às políticas públicas que envolvem a alimentação, desde a sua produção até a garantia do acesso.
O encontro foi, também, uma oportunidade para expandir o conhecimento dos futuros profissionais e dar a eles noções importantes sobre o papel social do nutricionista na promoção de direitos.
O seminário contou com o apoio da Associação Gaúcha de Nutrição (Agan), do Sindicato de Nutricionistas do Estado do RS (Sinurgs) e do Centro Universitário Fadergs.
MESA DE ABERTURA
A abertura do seminário foi realizada pela vice-presidente do CRN-2, Ana Luiza Scarparo, que parabenizou os nutricionistas pela data comemorativa e salientou que a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável e da Segurança Alimentar e Nutricional são os grandes focos do nutricionista, “que está na luta, em suas diversas áreas de atuação, para a defesa de um país sem fome.”
Compuseram a mesa de abertura do evento, ainda, representantes das instituições apoiadoras do evento: a presidente do Sinurgs, Maria Terezinha Govinatzki; a representante da Agan, Kátia Petry; e a educadora Franciele Fontana, Gerente da Unidade Centro da Fadergs. Também prestigiou a mesa de abertura, a conselheira federal, Ivete Barbisan, representando o Conselho Federal de Nutricionistas. A coordenadora da comunicação Ana Lúcia Serafim foi a mestre de cerimônias do evento.
“O nutricionista e o desenvolvimento das políticas e ações de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)” foi o tema da palestra de abertura, ministrada pela nutricionista Cristina Fabian, diretora em Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul.
À tarde, as nutricionistas abordaram temas como “Sustentabilidade na produção de alimentos”, apresentada pela coordenadora do bacharelado em nutrição da Unisinos e consultora de Boas Práticas de Manipulação nos estádios Beira-Rio e Arena, Ana Paula Bandeira; “Hortas Urbanas”, ministrada pela nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF/Sapucaia do Sul, Lisandrea Caetano; “Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC)”, destacada pela criadora do acrônimo PANC e pioneira na implantação da alimentação agroecológica em larga escala nas escolas públicas estaduais gaúchas, Irany Arteche; e o “Guia da Anvisa sobre doação de alimentos” que ficou sob a responsabilidade da integrante do Grupo de Pesquisa em Segurança Alimentar e Nutricional (GESAN/ CNPq), que participa do Grupo Gestor da Anvisa para Análise de Impacto Regulatório da Lei n° 14.016/2020, Patrícia Scheffer.
Doação de alimentos e de mudas de PANC