Chocolate para todos
Data de Publicação: 28 de março de 2018
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2
Somos uma nação doce, resultante da fusão das diversas heranças culinárias e, também, da histórica cultura da cana de açúcar. Produtos internacionais precisam passar por processo de adequação ao padrão estético do gosto nacional. E com o chocolate não é diferente.
O mercado da chocolataria tem apresentado novas tendências, algumas resultando em chocolates mais saudáveis.
Estamos vivendo o momento do chocolate "bean to bar”, "tree to bar”, "forest to bar”, que significam, em geral, que o produto é elaborado a partir da amêndoa do cacau até a barra.
O chocolate feito a partir do grão de cacau tem um cuidado maior no processamento, iniciando na escolha das amêndoas de cacau até a etapa final de elaboração. Em geral, estes chocolates são de alta qualidade, têm alto teor de flavonoides, de antioxidante, e são ricos em polifenóis, menos calóricos e com pouquíssimo açúcar.
Esta paixão, o chocolate, é desejo de consumidores com múltiplos perfis. Temos os diabéticos, celíacos, intolerantes à lactose, que anseiam por produtos que driblem a ausência do açúcar e do leite na sua composição. Para saciar a vontade desses consumidores foram desenvolvidos chocolates específicos.
Para pessoas com intolerância à lactose ou alergia ao glúten (celíacos) existem os produtos feitos à base de soja e de alfarroba.
A alfarroba é uma vagem (leguminosa) que, após a trituração e torrefação, resulta numa farinha, que é utilizada para substituir o cacau. Neste caso não se pode chamar de chocolate, pois não possui derivados de cacau e sim de alfarroba. Atualmente o produto pode ser encontrado em barra, pó, bombons, gotas, pasta e ovos de Páscoa.
O chocolate sem lactose é produzido a partir da substituição de qualquer ingrediente que contenha leite ou derivados de leite com lactose, por produtos à base de soja (proteína de soja ou extrato de soja), ou por leite sem lactose que atualmente se encontra no mercado.
Estas alternativas, mais saudáveis, podem ser consumidas também por pessoas que estão em acompanhamento nutricional.
Para os diabéticos, são substituídos na formulação os ingredientes que contém açúcar por adoçantes dietéticos.
O gosto por chocolate com zero açúcar é muito raro. Esses chocolates são amargos, pois não apresentam qualquer tipo de adoçante, seja açúcar cristal, mel, frutose, etc. O que temos em larga escala, com crescimento acelerado em todo mundo, são os produtos com alto teor de cacau (60%, 70% 80%,85%).
Podemos ter excelentes produtos sem adição açúcar e/ou leite. Depende da matéria prima cacau, processo e da evolução do gosto de quem irá consumir.
Tipos:
- Para diabéticos – sem adição de açúcares ou derivados de açúcar;
- Diet e light – deve atender as legislações de saúde vigentes, sendo reduzido (ou sem) de algum componente, seja açúcar, sal, gordura, etc. Nem sempre um diet ou light é zero açúcar;
- Zero lactose – para pessoas com intolerância a lactose;
- Zero glúten – para intolerantes ao glúten (celíacos);
- Para alérgicos – não existe um chocolate para alérgicos, impossível atender todas os tipos de alergias. O consumidor com alguma intolerância deve estar atento aos rótulos dos produtos (se contém glúten, lactose, amendoim, soja, etc.). Fonte: Castelli Escola de Chocolataria.
* Claudia é nutricionista, formada pela Unisinos – 1989. Atua em Gestão de Restaurantes Empresariais.