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Tradição doceira de Pelotas é reconhecida como Patrimônio Nacional


Data de Publicação: 15 de maio de 2018
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2
Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas


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    Os doces pelotenses, nacionalmente conhecidos, agora receberam outro reconhecimento: são Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil. Durante a 88ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), realizada na tarde desta terça-feira (15/05), em Brasília, a diretoria da instituição avaliou o parecer da relatora Marcia Sant’Anna e deferiu o pedido para reconhecer o modo de fazer os doces tradicionais de Pelotas e da Antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo e Turuçu). Compuseram a comitiva de representação da cidade, a prefeita Paula Mascarenhas e o secretário de Cultura (Secult), Giorgio Ronna. "Pelotas foi muito homenageada através do reconhecimento inédito de ser inscrita no Livro dos Saberes e isso nos deixa muito emocionados", declarou Paula após a certificação.
 
      Em outro encontro, pela manhã, o Conjunto Histórico de Pelotas já havia sido reconhecido como Patrimônio Material. Ambas as certificações geraram um fato precursor: o registro simultâneo, no Iphan, de Patrimônio Material e Imaterial para uma mesma solicitação.
 
      A certificação do bem imaterial tem a finalidade de reconhecê-lo e valorizá-lo, em seu processo de evolução. A defesa do projeto envolveu o fato de que o desenvolvimento das receitas está diretamente ligado à produção do charque – a principal economia do município no final do século 18. A carne era enviada para o Nordeste do país em navios, que retornavam ao Sul com o açúcar.
 
      A senadora pelo Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos (PP), participou da reunião do reconhecimento da tradição doceira como Patrimônio Imaterial Brasileiro.
 
Pedido de Registro
      A solicitação para incluir a tradição doceira do município como patrimônio imaterial veio por meio da Secult e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pelotas, que buscavam a promoção e a valorização dos doces finos e coloniais como referência cultural da região.
 
      Um inventário foi construído através de parceria entre o Iphan, o Programa Monumenta e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para documentar o desenvolvimento das receitas, seus locais de surgimento e os sentidos que receberam com o tempo. 
 
      O resultado da pesquisa - realizada pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da UFPel no período de 2006 a 2008 - resultou no conhecimento das histórias sobre as tradições doceiras, que receberam significados e foram transmitidas com o passar das gerações. Em posse de todos os dados, a Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial, aprovou a proposta por unanimidade.


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