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III Seminário Temático do CRN-2: Águas


Data de Publicação: 4 de novembro de 2015
Crédito da Matéria: Assessoria de Imprensa - CRN-2
Fotos: Assessoria de Imprensa - CRN-2


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O tema Águas marcou o III Seminário Temático, realizado no dia 29 de outubro, no auditório do IPA. Com a participação de mais de cem pessoas, o evento fez parte das atividades da Semana da Alimentação RS 2015.

A presidente do CRN-2, Luciana Meneghetti, participou da mesa de abertura do evento, a qual contou, ainda, com a presidente da Agan, Marilene Vasata Sgarbi, e representantes das instituições promotoras da Semana da Alimentação: presidente do ConseaRS, Edni Oscar Schroeder, e a representante da Emater/Ascar, nutricionista Leila Guizoni. Também prestigiou o evento, a conselheira do CFN, Juracema Daltoé.

As palestras foram ministradas pelo biólogo Jackson Muller, pelas nutricionistas Maria Cristina Gallas Flach e Rosani Sommer Bertão e pelo engenheiro químico Alexandre Marques da Silva. A vice-presidente do CRN-2, Carmem Franco, foi mediadora das palestras.

 

Hormônios e antibióticos na água

O biólogo Jackson Muller, que é professor do Curso de Ciências Biológicas, Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental da Unisinos e dos Cursos de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade de Caxias do Sul, abordou a gestão e qualidade das águas e segurança alimentar. O palestrante destacou que o país vive uma crise de quantidade de água e que em pouco tempo teremos uma crise de qualidade de água. Jackson  atuou como Chefe da Divisão de Planejamento e Diagnóstico e Diretor Técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM). Ele apresentou pesquisas que comprovam a presença de contaminantes em diversos mananciais, entre eles, hormônios e antibióticos. Ao falar sobre esgotos sem tratamentos, agrotóxicos, fármacos e outros contaminantes não-regulamentados que estão sendo despejados nas águas dos mananciais, Jackson afirmou que “quanto mais eu estudo, mais medo eu tenho do que está sendo usado para “temperar” nossos alimentos”. Ele alertou que a gestão da água é do serviço público. Entretanto “a água pertence a todos. A população tem que assumir uma postura de fiscalização desta gestão, deve cobrar as autoridades como será o futuro deste recurso indispensável para a sobrevivência do planeta. ”

 

Qualidade das águas

A disponibilidade, a qualidade e a necessidade que o homem tem de água foram os primeiros tópicos destacados pelo Responsável Técnico da Região Metropolitana, da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), engenheiro químico Alexandre Marques da Silva. Ele explicou o funcionamento da Corsan e esclareceu a diferença de manancial superficial e subterrâneo. As fases de uma estação de tratamento, da chegada da água, com a passagem pela floculação, pela decantação, pela filtração e pela câmara de mistura foram descritas pelo palestrante. Alexandre apontou as normas e procedimentos utilizados pela Corsan. “A Corsan além de fazer o tratamento e as obras, ela auxilia as prefeituras na elaboração dos planos de saneamento municipal”. Finalizou salientando que a proteção dos mananciais, o tratamento da água e do esgoto e o uso correto pela população são fatores importantes para a preservação e o uso consciente da água.

A nutricionista Rosani Sommer Bertão que possui pós graduação em administração de serviços de nutrição e Tecnologia dos alimentos, abordou qualidade das águas, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e procedimento operacional padronizado (POP).  Salientou os diferentes usos da água na área de alimentos, como consumo, produção de gelo, preparo de alimentos, higiene pessoal e das instalações, equipamentos e utensílios. “É preciso garantir que a água não represente fonte de contaminação, através da procedência, dos encanamentos adequados e armazenamento correto”, ressaltou a palestrante. Ela explanou sobre legislação e normas de controle de qualidade de águas. Salientou a importância de o profissional de alimentos manter-se informado sobre as legislações referentes à água”. Rosani descreveu o POP, esclarecendo que o objetivo é monitorar, corrigir, verificar e registrar com base nas Boas Práticas de Fabricação. Explicou, ainda, o controle de qualidade feito em reservatórios de água e máquinas de gelo, seus materiais, suas localizações e procedência da água. A nutricionista, também instrutora do SENAI/RS,  explicou que a APPCC é uma ferramenta de gestão de perigos baseada em alguns princípios, como: Análise de perigos e identificação das medidas preventivas, limite crítico, monitoramento, ação corretiva, entre outros.

A água mineral foi abordada pela nutricionista Maria Cristina Gallas que tem MBA em segurança alimentar, apresentou diferentes marcas existentes no mercado e suas características.  Explicou que a água mineral engarrafada vai muito além das “bolinhas” e para saber a diferença entre elas é preciso ler o rótulo. A nutricionista que atua como professora de análise química e análise de alimentos, abordou a portaria 214/11, do Ministério da Saúde (MS), que esclarece sobre o pH da água e a quantidade de sódio. Relatou que os elementos contidos na água mineral são provenientes da natureza. “Por exemplo, a fonte de captação pode ter mais ou menos sódio”, relatou a palestrante. Ela também falou sobre os cuidados de pacientes com hipertensão, problemas renais, ou outros, com o uso do produto que contenha mais sódio. Também explicou a Portaria 2914/11, do MS, que controla os níveis de produtos químicos presentes na água.  Esclareceu que a água mineral é de baixa contaminação, mas que pode haver esta possibilidade.

 

Campanha do Litro D’Água

Convidado pelo CRN-2, o diretor da Associação Brasileira de Incentivo ao Desenvolvimento Sustentável, Lélis Cunha, apresentou a “Campanha do Litro D’Água”. Ele explicou que o objetivo da inicitiva é incentivar as pessoas a ter consciência do uso da água. O Conselho tem uma parceria com a entidade e apoia essa campanha.


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