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Seminário Temático do CRN-2 aborda comportamento alimentar


Data de Publicação: 19 de outubro de 2017
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2


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 Um público composto de nutricionistas, técnicos em Nutrição e Dietética, acadêmicos, profissionais de outras áreas da saúde e pessoas da comunidade, acompanhou atentamente o debate sobre os diversos aspectos que influenciam e determinam o comportamento alimentar de adultos e crianças.  

   O V Seminário Temático do CRN-2: Comportamento Alimentar foi realizado ontem, 18 de outubro, e integrou as atividades da Semana Mundial da Alimentação RS 2017.

   

   A mesa de abertura foi coordenada pela presidente do CRN-2, Glaube Riegel, e contou com a participação de representantes das instituições apoiadoras do evento e organizadoras da Semana da Alimentação. Prestigiaram a iniciativa a presidente da Agan, Rosangela Parmigiani; o prefeito de Quinze de Novembro, Gustavo Peukert Stolte, pela Famurs;  e os representantes da Emater-RS-Ascar, Ines Argenta, gerente técnica adjunta; e do Consea/RS, Edni Oscar Schroeder. A presidente Glaube salientou a necessidade de debates sobre este tema que afeta a saúde da população. "A sociedade está adoecendo com o alimento, o qual deveria assegurar saúde”. Ela destacou os perigos que representa o excesso de alimentos industrializados, com altos teores de gordura, de açúcar e de sódio, e dos agrotóxicos na agricultura. "Precisamos achar caminhos, termos consciência de questões ambientais, psicológicas, fisiológicas e nos posicionarmos, e tomarmos medidas positivas que possam ser praticadas pela sociedade” ressaltou. 

 

Equipe multiprofissional

   Uma equipe multiprofissional de palestrantes enriqueceu os debates durante o V Seminário. Participaram as nutricionistas Manoela Jornada e Gislaine de Anastácio, o psicólogo Maurício Marques e a profissional de Educação Física Angelica Adamoli. A vice-presidente do CRN-2, Jacira Conceição dos Santos, conduziu a mesa de palestras.

    

   As apresentações tiveram como foco o comportamento alimentar como um elemento de prevenção e de tratamento de doenças, mas, ao mesmo tempo, podendo representar um dos principais fatores de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs). 

 

Comportamento alimentar nas fases da vida

   A nutricionista Manoela Jornada, mestre em Ciências Médicas, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), definiu o comportamento alimentar como o conjunto de cognições e afetos que reagem às ações e condutas alimentares. Segundo ela "cabe ao nutricionista identificar os comportamentos disfuncionais, para modificar cognições inadequadas e ensinar estratégias de mudança e solução de problemas." Manoela lembrou da importância dos profissionais da Nutrição atuarem de acordo com as teorias comportamentais, utilizando estratégias baseadas em evidências científicas. A mudança do comportamento alimentar, de acordo com a palestrante, precisa enfatizar a atitude alimentar, não alimentos/nutrientes isolados. "Dizer o que é permitido e proibido não é prático nem efetivo; os indivíduos gostam de ter liberdade de escolha”. Salientou que a Educação Nutricional e a Reeducação Alimentar não são ferramentas mágicas para levar o indivíduo a "obedecer a dieta”, "pelo contrário, devem ser conscientizadoras e libertadoras, por isso deve buscar justamente o oposto, a sua autonomia”. E finalizou afirmando que "para mudar o que você come, é preciso mudar o que e como você pensa ".

 

  O comportamento alimentar na infância foi o tema apresentado pela nutricionista Gislaine de Anastácio, mestre em Ciência da Saúde, pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Ela ressaltou que este comportamento possui influências genéticas, ambientais e na dinâmica familiar. Ela apontou a influência dos estágios de desenvolvimento, cognitivo, físico e emocional sobre o comportamento alimentar do zero aos seis anos de idade. Apresentou uma avaliação das dificuldades na conduta dos pais em relação à alimentação dos filhos. Destacou que é uma sequência desastrosa que envolve crianças "problemáticas para se alimentarem”, as quais levam os pais a uma grande preocupação, os quais ofertam os alimentos preferidos delas, atitudes que resultam em baixo consumo nas próximas refeições. A nutricionista indicou algumas atitudes que podem ajudar as crianças a diferenciar a fome da saciedade. Gislaine concluiu que a adequada  divisão de responsabilidades entre pais e filhos sobre a  alimentação auxilia na regulação dos sinais da fome e saciedade favorecendo a boa relação com "o comer”.

 

Mindfulness

O psicólogo Maurício Marques, doutor em psicologia do esporte, Universitat Autònoma de Barcelona apresentou "O mindfilness no treinamento psicológico”. Ele discorreu sobre as bases do treinamento psicológico para a mudança de comportamento e criação de hábitos. Explicou técnicas e pesquisas sobre seleção de pensamentos, autofala, autorregulação e, principalmente, mindfulness. Sobre este "treino mental”, Maurício ressalta que é um estado de consciência plena que é alcançado por meio da meditação e exercícios focados em treinamento e mudança de hábitos. E enfatizou a importância de "sabermos que não podemos controlar o tempo, os imprevistos e as pessoas. Mas podemos controlar nossa técnica, o emocional e a forma como vemos o mundo” analisou o psicólogo. 

 

   O tema seguiu sendo trabalhado pela profissional de educação física Angelica Nickel Adamoli que falou sobre "Mindfulness e práticas corporais: evidências e experiências”.  Angelica é mestre em Educação Física, pela Universidade Federal de Pelotas e doutoranda em Psicologia Clínica pela PUCRS. A palestrante, que atua como professora de educação física no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, compartilhou experiências na condução de grupos, apresentando como estas práticas podem contribuir na promoção de saúde, prevenção de recaída de comportamentos aditivos, impulsivos e reativos, como os comportamentos alimentares disfuncionais. Angélica refere que estas práticas são baseadas na experiência pessoal e então conduziu uma atividade de atenção plena nos movimentos e respiração com os participantes do evento para que pudessem compreender as práticas a partir da vivência. Ela apresentou Evidências sobre Mindfulness e Comportamentos Alimentares. "A Atenção Plena e o comer consciente têm potencial para abordar comportamentos alimentares problemáticos e os desafios enfrentados no controle de sua ingestão alimentar” apontou a profissional de educação física. Angelica frisou que "encorajar o comer de forma consciente mostra ser uma mensagem positiva a ser incluída no aconselhamento

a população para gerenciamento de peso.”

 

   Quase 80 pessoas participaram do V Seminário, que arrecadou, aproximadamente, 60 quilos de alimentos não perecíveis que foram doados à Campanha Prato Cheio, Mesa Brasil SESC. Os certificados estarão disponíveis no portal do CRN-2 a partir da próxima semana.

 

Acesse o certificado (necessário ter realizado a inscrição pelo portal e assinado a lista de presenças)


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