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Rio Grande Agroecológico se baseia na produção de alimentos saudáveis


Data de Publicação: 4 de março de 2016
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2
Fotos: Assessoria imprensa - CRN-2


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CRN-2 e CFN presentes na cerimônia de lançamento do Pleapo

   O governador José Ivo Sartori e o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto, lançaram, nesta quinta-feira (3), o Rio Grande Agroecológico - Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica (Pleapo). O evento ocorreu no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, e contou com a participação de autoridades estaduais, representantes federais, municipais e instituições.
Este é o primeiro plano gaúcho que tem como foco a agroecologia e a produção orgânica e foi construído por um comitê gestor formado por cerca de 40 instituições, entre secretarias de Estado, governo federal, universidades e organizações não governamentais (ONGs). Coordenado pela SDR, o plano conta com ações e metas para promover a produção e o consumo de alimentos saudáveis, o uso e a conservação da agrobiodiversidade, a oferta de assistência técnica e extensão rural e social e o ensino e a pesquisa de base ecológica, de maneira transversal.
   Sartori disse que este é um programa que busca o desenvolvimento sustentável para a produção rural do RS. "Respeitamos a agricultura familiar do Rio Grande só Sul porque são gente simples e humilde que coloca a mão na massa, trabalhando de sol a sol. São pequenos agricultores, pescadores artesanais, quilombolas e comunidades indígenas que precisam conciliar a geração de emprego e renda com o uso equilibrado e sustentável dos recursos naturais”, afirmou.
   O governador também falou da preocupação da sociedade com a origem e qualidade do alimento que consome e que o plano é uma garantia de segurança alimentar e nutricional. "É importante que se estabeleça uma relação de harmonia dos sistemas de produção com o meio ambiente”, frisou Sartori, que também citou a importância de toda a comunidade cuidar do solo para se produzir alimentos bons.
   O Rio Grande Agroecológico propõe ações para incentivar o protagonismo de jovens e mulheres na produção de base ecológica, estimular a troca de sementes crioulas e fiscalizar o uso de agrotóxicos no entorno de propriedades em que se cultivam alimentos orgânicos. Uma ação já executada foi a criação de um espaço de orgânicos na Ceasa/RS, em Porto Alegre, que já está em operação.
   "Nosso governo quer avançar e dar um pouco mais de qualidade para a produção orgânica e agroecológica. A sociedade quer alimentos saudáveis e há um mercado para esses produtos, mas necessitamos de aumentar a produção com mais oferta para a sociedade. É preciso mais competitividade e escala para atender todas as camadas da sociedade e não apenas para aquelas que podem pagar por um produto mais caro”, salientou o secretário Minetto.
 
   O diretor do Departamento Agricultura Familiar da SDR, Dionatan Tavares, falou que o Rio Grande Agroecológico é composto por ações que serão executadas no período de 2016 a 2019, para atender aos princípios de desenvolvimento sustentável, preservação e conservação ecológica com inclusão social, segurança e soberania alimentar e diversidade agrícola, biológica, territorial, da paisagem e cultural. "No Rio Grande do Sul a produção ultrapassa 10 mil hectares e são cerca de 1,2 mil famílias produzindo com qualidade orgânica comprovada”, garantiu.
   O delegado Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Marcos Regelin, disse que o órgão é parceiro nesse debate da agroecologia e da produção orgânica para todos poderem avançar no processo. "Este é um momento em que a sociedade se junta e dá as mãos. Para nós do ministério é muito gratificante saber que temos agora o nosso plano estadual, que dialoga com o plano nacional”, ressaltou. Regelin disse que muitos trabalhos já estão em execução no estado e que muitas parcerias com instituições e entidades são mantidas para "assessorar aqueles produtores que buscam uma produção mais sustentável, produzir alimentos livres de agrotóxicos pensando em uma alimentação mais saudável, pensando em contribuir com a sociedade”. 
 
Ações práticas do Rio Grande Agroecológico 
   O que está sendo feito e as metas do plano estadual:
- 8.387 projetos produtivos e de apoio à comercialização de alimentos orgânicos financiados;
- 1.112 encontros de capacitação de agricultores e técnicos em agroecologia;
- 29 editais de apoio à produção agroecológica e assistência técnica e extensão rural e social (Aters);
- 38.340 famílias atendidas com Aters em agroecologia;
- 347 projetos de pesquisa e extensão em agricultura de base ecológica;
- 110 publicações técnicas e de divulgação para fomento da agroecologia;
- 8 Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) revitalizados e mantidos;
- 96 eventos de trocas de sementes crioulas e mudas;
- 132 feiras e eventos para a promoção e comercialização de alimentos orgânicos;
- 3.676 amostras de alimentos e água monitoradas quanto à presença de agrotóxicos. 
 
Instituições com ações no Rio Grande Agroecológico 
   Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), por meio de sua conveniada Emater/RS-Ascar; Secretarias do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional; da Educação; da Saúde; do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; da Agricultura, Pecuária e Irrigação; Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam); Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro); Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga); Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); Banrisul; Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Embrapa Clima Temperado; Empresa Uva e Vinho; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa).
 
   Participaram o presidente da Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa), Elton Roberto Hein, e o superintendente Federal da Agricultura no RS, Luciano Maronezi. 
   O livro Rio Grande Agroecológico - Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica está disponível para folhear e download neste link: https://issuu.com/imprensasdr/docs/pleapo_web

 


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