A palestrante possui mestrado e é doutoranda em Medicina pela UFRGS. É proprietária de empresa que oferece cursos em nutrição para estudantes e profissionais e coautora de livros de Nutrição. A conselheira Rosângela Lengler foi a mediadora desta edição.

   Fundamentos da genômica nutricional, principais polimorfismos, testes genéticos e prática clínica foram as abordagens que a nutricionista Ana Carolina apresentou na palestra. Ela destacou que é importante o nutricionista considerar, nas consultas, as diferenças de cada paciente, do metabolismo e da genética, portanto a dieta deve ser exclusiva. O alimento, segundo a palestrante, não pode ser esquecido jamais pelo nutricionista, "é a sua base de trabalho”, e não cápsulas, suplementos, etc, que apenas devem ser usados em casos em que há a patologia identificada ou necessidades específicas. Segundo ela "você não é apenas o que você come, mas também o que seus pais e até mesmo os seus avós comeram”. 

   Alertou para que o nutricionista tenha conhecimento sobre os compostos bioativos dos alimentos, por exemplo, saber como funciona a absorção de certas vitaminas, para verificar se o paciente está conseguindo, ou não, metabolizá-las. Ana Carolina salientou que o nutricionista pode, por meio de exames laboratoriais, analisar bioquimicamente o paciente e contribuir para uma melhor condução de uma orientação dietética.

   Ana Carolina mostrou preocupação quanto a determinadas restrições alimentares atuais, como a supressão do glúten e da lactose, que estão sendo adotadas sem indicação de patologia. Ela exemplificou o dente siso que está perdendo espaço na arcada dentária e algumas pessoas já estão nascendo sem o mesmo. Alertou que talvez esta restrição poderia, nas gerações futuras, causar intolerâncias a estes nutrientes. "A genética não é destino” finalizou a palestrante.

   A palestra é uma promoção do CRN-2 e do SESI-RS.

 

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