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Especialistas da ONU pedem que COI regule publicidade de ‘junk food’ em Olimpíadas


Data de Publicação: 24 de agosto de 2016
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2


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   Após o encerramento das Olimpíadas do Rio, especialistas em direitos humanos das Nações Unidas pediram que o Comitê Olímpico Internacional (COI) implemente protocolos para regular a publicidade de alimentos não saudáveis como "junk foods” e bebidas açucaradas durante os grandes eventos esportivos, especialmente quando esta visa a crianças e famílias.
   O relator especial da ONU para o direito à alimentação, Hilal Elver, e o relator especial das Nações Unidas para o direito à saúde, Dainius Pûras, pediram que o COI, assim como os comitês nacionais, impeçam o uso dos Jogos Olímpicos em comerciais e outras atividades promocionais que encorajem o consumo de comidas e bebidas não saudáveis.
   Eles consideraram particularmente preocupante o fato de eventos esportivos com ampla audiência, incluindo crianças, promoverem alimentos prejudiciais à saúde. A promoção de tais produtos por atletas importantes durante os eventos esportivos também é problemática, criando a impressão de que esses indivíduos consomem regularmente tais produtos.
   "A publicidade de ‘junk food’ por meio do esporte envia uma mensagem equivocada. Os eventos esportivos, incluindo as Olimpíadas, deveriam em vez disso focar na promoção da alimentação e estilo de vida saudáveis”, disseram os especialistas.
   "Alimentação inadequada é uma das principais causas de Doenças Não Transmissíveis (NCDs, na sigla em inglês) e da mortalidade precoce, como foi confirmado em estudos recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde)”, disseram os relatores. "O consumo de alimentos altamente processados, que frequentemente contêm altos níveis de sódio, açúcar, gordura trans e saturada, contribuem para doenças do coração, diabetes e cânceres relacionados à alimentação”, completaram.
   Segundo os especialistas, a publicidade de alimentos contribuiu para mudanças em padrões de alimentação, impulsionando hábitos não saudáveis e encorajando a dependência de alimentos prejudiciais à saúde. As crianças podem receber os anúncios como verdadeiros e imparciais, particularmente em relação a produtos com potenciais impactos de longo prazo para a saúde, promovidos por meio de táticas agressivas por companhias de alimentos e bebidas, salientaram.
   Os relatores lembraram que muitos países têm registrado um aumento nas taxas de obesidade como resultado do crescente consumo de alimentos calóricos, mas com baixos níveis de nutrientes, acompanhado de estilos de vida sedentários.  Dietas não saudáveis no caso das crianças têm severas consequências na saúde, que devem persistir na vida adulta. Atualmente, 41 milhões de crianças com menos de 5 anos estão acima do peso e, se essa tendência continuar, 70 milhões estarão acima do peso ou obesas em 2025.
   "Cada vez mais o acesso à nutrição adequada está sendo reconhecido como um pré-requisito essencial para o direito à alimentação e à saúde. Com esses direitos vêm algumas obrigações dos Estados


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