CRN-2 participa de audiência pública para discutir os benefícios da farinha de arroz

Data de Publicação: 10 de junho de 2016
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2

   Convidado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, o Conselho Regional de Nutricionistas da 2ª Região participou, no dia 6 de junho, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir os benefícios da utilização da farinha de arroz na alimentação humana.

   A reunião foi proposta pelo deputado Gabriel Souza (PMDB), que é autor do projeto de lei que incluiu o arroz e derivados na merenda escolar, em tramitação no Parlamento gaúcho. "Temos consciência de que só criar uma lei não aumenta o consumo do produto. Precisamos também ativar a cadeia produtiva e estimular os estudos sobre o preparo deste alimento”, frisou o parlamentar na abertura do encontro.

Benefícios para a saúde
   O Rio Grande do Sul responde por cerca de 60% da produção de arroz do Brasil. No entanto, apenas 12% do que produz é consumido pela população gaúcha. Enquanto em países da Ásia, o consumo gira em torno de 100 quilos por habitante ao ano, aqui fica na casa dos 40 quilos per capita por ano.
 

   Uma das formas de estimular o consumo e aumentar os ganhos dos produtores, conforme as entidades representativas do setor arrozeiro, é popularizar o consumo da farinha de arroz. De produção simples e altamente benéfica para a saúde humana, a farinha de arroz é rica em carboidratos complexos, proteínas e fibras solúveis. Além disso, é livre de gorduras trans, absorvida lentamente pelo organismo e apresenta o mais baixo índice glicêmico entre os cereais, evitando picos de açúcar no sangue.

   Por não conter glúten, proteína presente no trigo, cevada, centeio e aveia, a farinha de arroz é a principal alternativa para os portadores da doença celíaca.Participaram da audiência pública diversas autoridades, representantes do Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), da Associação de Celíacos do Rio Grande do Sul, entre outros.

 

   A presidente do CRN-2, Jacira Conceição dos Santos, ressaltou que a oferta de produtos que tenham como ingrediente a farinha de arroz é uma forma de oferecer maior variedade de cereais na alimentação, com a vantagem de que o arroz contém proteínas hipoalergênicas, com menor índice glicêmico e insulinêmico do que a farinha de trigo. Jacira destacou, entretanto, a preocupação do CRN-2 com a popularização das dietas sem glúten, que estimulam o consumo de alimentos sem esta proteína para a população em geral. Lembrou, ainda, a importância das Boas Práticas de Produção e Fabricação, desde o plantio até o ponto de venda, para evitar a contaminação cruzada que coloca em risco a segurança dos alimentos para os portadores de doença celíaca, sensibilidade e alergia ao trigo.