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Jovens querem educação de qualidade, saúde e alimentação


Data de Publicação: 30 de julho de 2013
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2
Fonte: Revista Exame.


Quais são as prioridades dos jovens no Brasil hoje? Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nessa segunda-feira se propôs a responder essa e outras questões. De acordo com o estudo, educação, saúde e alimentação estão entre as principais preocupações dos brasileiros entre 15 e 29 anos.

   Cerca de 11,4 mil pessoas foram entrevistadas para o levantamento realizado em maio – imediatamente antes da maior onda de protestos no país nos últimos 20 anos, que aconteceu no mês seguinte. Num formulário, jovens e adultos deveriam escolher seis temas prioritários num universo de 16 questões apresentadas. Levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o questionário My World serviu de modelo para a pesquisa. Entre as conclusões obtidas pelo trabalho do Ipea, está o fato de jovens estarem mais preocupados com temas como educação de qualidade, fim do preconceito e oportunidades de trabalho do que as pessoas mais velhas.

   Além disso, questões como melhorias nos transportes, liberdades políticas e acesso a telefone e internet também foram mais lembradas entre os mais novos. "A ênfase dada a este último elemento coincide com o meio a partir do qual os protestos de junho no Brasil inicialmente eclodiram", lembra Marcelo Neri, presidente do Ipea.

Pororoca jovem

   O levantamento do Ipea também indica que nunca antes na história desse país houve tantos jovens. Eles somam hoje cerca de 50 milhões e correspondem a 26% do total da população. O estudo lembra que, proporcionalmente, os jovens já foram mais importantes na composição da sociedade brasileira – chegando a corresponder a mais de 29% do total em 1983. Porém, em números absolutos, a juventude brasileira está hoje no seu tamanho máximo.

   Denominado "pororoca jovem", o fenômeno começou em 2003 e deve seguir estável até 2022 – a partir de quando se inicia uma redução que, em 20 anos, deve encolher em 12,5 milhões de pessoas o número de brasileiros nessa faixa etária. "O Brasil precisa aproveitar ao máximo a longa duração da pororoca jovem para impulsionar suas transformações sociais e econômicas", defende Neri. Segundo o presidente do Ipea, a quantidade de jovens no fim do século XXI vai corresponder a apenas 60% do que representa hoje.


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