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O papel da Nutrição na prevenção e tratamento do Câncer de Mama


Data de Publicação: 1 de outubro de 2021
Crédito da Matéria: Aline Poziomyck, Lourena Pinto, Patrícia Flores e Stela Leal


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   O câncer de mama é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. 
 
   Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se 66.280 novos casos para este ano de 2021, sendo 4.050 no estado do Rio Grande do Sul e 660 somente na cidade de Porto Alegre.
 
   A relação da Nutrição com o Câncer de Mama passa pela alimentação e estilo de vida, especialmente no que diz respeito à prevenção da doença e a manutenção do peso corporal. 
 
   As escolhas alimentares dos pacientes podem ter um impacto bastante significativo em relação à prevenção, já que alimentos com altos valores energéticos, ricos em gordura saturada e pobres em fibras podem contribuir para o ganho de peso.
 
   Sabe-se que o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular e, consequentemente, o risco de surgimento da doença.
 
   Além disso, as escolhas alimentares também podem ter um impacto importante durante os possíveis tratamentos, podendo aumentar as toxicidades e efeitos colaterais advindos das diferentes terapêuticas utilizadas na jornada dos pacientes.
 
   Recomenda-se uma alimentação variada, rica em fibras especialmente vindas de alimentos in natura e minimamente processados, além de evitar o consumo de alimentos e bebidas ultraprocessadas, como por exemplo, os produtos prontos para consumir ou aquecer, como lasanhas, salgadinhos, biscoitos, alimentos do tipo fast-food e bebidas açucaradas. Esses alimentos têm elevadas quantidades de açúcar, gordura, sódio e calorias,  que promovem o excesso de peso, fator que aumenta a chance de desenvolver a doença. 
 
   A hidratação também deve fazer parte da orientação, uma vez que é essencial para o funcionamento do organismo e a eliminação das drogas usadas nos tratamentos. Para saber a quantidade mais precisa, recomenda-se a multiplicação de 30 a 35 ml por quilo do peso atual.
 
   A amamentação também é um importante fator de proteção. Estudos mostram que a mulher que amamenta seu bebê  até os dois anos de idade ou mais, sendo exclusiva até os seis meses, além de proteger seu filho contra o sobrepeso e obesidade infantil, se beneficia reduzindo o risco de desenvolver o câncer de mama.
 
   A disseminação de informações sobre alimentos milagrosos ou vilões, dietas da  moda e dietas restritivas no tratamento do câncer são cada vez mais frequentes nas mídias digitais, o que pode causar confusão, pânico e estresse, estimulando práticas perigosas e até prejudiciais ao tratamento.
 
   Temos o compromisso de embasar nossas condutas em evidências, priorizando o paciente. Nós, nutricionistas do Projeto Camaleão, recomendamos que os pacientes oncológicos sigam uma orientação individualizada e com estratégias de manejo de sintomas, sempre acompanhada por um profissional capacitado para tal atuação. 
 
   Estudos mostraram que seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação equilibrada e prática de atividade física, reduz em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduz em 60% a mortalidade por essa doença. Assim, a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física semanal, também é uma importante ajuda na prevenção do câncer de mama.
 
   É importante destacar que a soma do estado nutricional do paciente com as diferentes possibilidades terapêuticas pode trazer repercussões significativas (como piora da sarcopenia e aumento da toxicidade), comprometendo a sobrevida e a qualidade de vida do paciente, o que corrobora ainda mais a necessidade de um acompanhamento nutricional individualizado.
 
   Mudanças de hábitos de vida são uma questão de enorme relevância para a prevenção primária da doença.
Deseja mudar seu estilo de vida e prevenir a obesidade e outras doenças, inclusive o câncer? Procure o apoio de um nutricionista!
 
   Este é o profissional habilitado para elaborar um planejamento alimentar saudável e orientar as mudanças adequadas para cada necessidade
 

Aline Kirjner Poziomyck, CRN-2 6551
Nutricionista pós-graduada em Nutrição Oncológica (INCA)
Mestre e Doutora em Ciências Cirúrgicas (UFRGS)
Professora e Mentora em Nutrição Oncológica
 
Lourena Carvalho Pinto, CRN-2 14.388
Pós graduada em Nutrição Hospitalar e Clínica em Oncologia pela Faculdade de Ciências da Saúde Moinhos de Vento - HMV
 
Patrícia Flores, CRN-2 9673
Pós Graduada em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela PUCRS
 
Stela Leal, CRN-2 8185
Pós Graduada em Comportamento Alimentar pelo IPGS 


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