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Dia Mundial do Idoso – 1º de outubro


Data de Publicação: 30 de setembro de 2021
Crédito da Matéria: Bruna Isabela Daniel, CRN-2 13715D


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    O nutricionista tem papel fundamental para a saúde do idoso, assim como em todas as etapas da vida. Garantir um envelhecimento de qualidade é o que desejamos, e também para o que trabalhamos diariamente.

   Segundo dados do IBGE, a população com mais de 60 anos no Brasil é de, aproximadamente, 30 milhões. A Organização das Nações Unidas (ONU) informa que, entre 2019 e 2030, o número de pessoas idosas no mundo deve crescer 38%, passando de 1 bilhão para 1,4 bilhão, superando, assim, o número de jovens em todo o mundo. Esse aumento será maior e mais rápido nos países em desenvolvimento.

   Com o aumento da expectativa de vida e do número de idosos, torna-se cada dia mais sensível a necessidade do nutricionista estar preparado e ativo na busca de conhecimento sobre as melhores estratégias e terapêuticas nutricionais a serem aplicadas para este público. Com profissionais preparados e atuantes, a saúde nutricional da população idosa e da população como um todo melhora.

   A atenção nutricional é um aspecto relevante na saúde do idoso, pois manter uma nutrição com vitaminas e minerais em quantidade e qualidade adequados, além da prioridade de produtos in natura, são essenciais para fortalecer seu sistema imunológico e, consequentemente, aumentar as defesas do organismo para se manter saudável por muitos mais anos.

   O grande segredo de uma longevidade com saúde se confere a uma boa imunidade. Agregando cuidados adequados de saúde mental e emocional, que também influenciam muito, se pode alcançar a terceira idade com mais saúde.

   Naturalmente, o envelhecimento gera mudanças nos padrões alimentares, como a diminuição da capacidade de ingerir, digerir, absorver e metabolizar nutrientes, o que exige atenção quanto aos hábitos alimentares dos idosos.

   Porém, além das mudanças fisiológicas naturais, alguns idosos vivenciam as doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatia e doenças pulmonares, que são fatores que aumentam sua vulnerabilidade. Essas morbidades comprometem a resposta imune, facilitando o acometimento a doenças, distúrbios e deficiências nutricionais, que vão abreviando a saúde no idoso.

   Nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), todos esses fatores são vistos com mais clareza, pela prevalência do que vem se apresentando nos últimos tempos.

   Quando um idoso já tem hábitos de vida mais saudáveis desde sua juventude, e se mantém ativo, sua saúde nutricional acompanha esse estilo, apresentando um menor acometimento a doenças, à desnutrição ou à obesidade. Um idoso mais saudável nutricionalmente ingere menos remédios, apresenta menos doenças mentais, tem mais disposição. E, ainda, quando este desenvolve alguma doença, tem uma força maior para superar. Estando com a saúde nutricional afetada, as pessoas nesta faixa etária têm, ainda, risco de quedas e, consequente, de ficarem acamadas, impossibilitadas de realizar as suas funções com autonomia.

   Já os idosos que vêm até as ILPIs com alguma disfunção de saúde, a sua falta de qualidade nutricional é notada rapidamente por uma desnutrição bem acentuada, excesso de peso, exames laboratoriais bem alterados, necessitando o uso de diversas medicações para controle.

   A nutrição se faz cada dia mais importante nessa faixa etária para que, cada ano que passa, seja aproveitado com mais qualidade.

   E nós, nutricionistas, atuantes nessa missão de promover a saúde da população, temos que estar sempre preparados para levar as informações e orientações a todos os públicos, seja pelas mídias sociais, em nosso trabalho diário, nas ruas, no convívio com as pessoas.

   Onde estivermos, temos a missão de ensinar que todo o alimento que ingerimos reflete no nosso corpo. Se tivermos bons hábitos alimentares, nosso corpo responderá com maissaúde, energia e força.

   Que neste dia Internacional do Idoso, possamos refletir sobre que profissional estamos sendo para nossos idosos.

   Futuramente, nós faremos parte dessa população, também iremos desejar a atenção adequada que devemos proporcionar hoje.

 

Bruna Isabela Daniel, CRN-2 13715D

Formada em Nutrição pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, URI Erechim, 2015.

Atuou por quase 6 anos como Nutricionista em Instituição de Longa Permanência para Idosos.

Fonte: https://news.un.org/pt/story/2021/06/1753682

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 milhões de idosos. 2018, [acesso 18 jan. 2021] https://censo2021.ibge.gov.br/2012-agencia-denoticias/noticias/24036-idosos-indicam-caminhos-para-umamelhoridade.html#:~:text=O%20Brasil%20tem%20mais%20de,divulgada%20em%202018%2 0pelo%20IBGE.

Damo CC, Doring M, Alves ALSA, Portella MR. Risco de desnutrição e os fatores associados em idosos institucionalizados. Rev. bras. geriatr. gerontol. 2018;21(6):711- 717. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562018021.180152


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