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Encontro mostra tendências, cenários e desafios da segurança alimentar


Data de Publicação: 20 de março de 2014
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2
Fonte: Consea


No dia 18 de março foi realizada a segunda mesa de debates do Encontro Nacional: 4ª Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional + 2, no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília. O conselheiro e ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Renato Maluf, coordenou o debate, que teve como tema: “Tendências, cenários e desafios futuros para a Segurança Alimentar e Nutricional”.

Olivier de Schutter, relator especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação, não pôde estar presente no encontro mas enviou um depoimento gravado que foi exibido para os participantes. “Hoje a prioridade tem sido apoiar cada região na sua própria capacidade de autoalimentar e investir no sistema de alimentos locais para assegurar que as regiões conseguem reduzir a sua dependência nos mercados internacionais, e para poder apoiar o desenvolvimento rural ao investir nos produtores que são menos eficientes e menos competitivos nos mercados globais”, disse Olivier de Schutter no vídeo. Além disso, o relator da ONU fez um agradecimento ao Consea “por ser um exemplo de luta por políticas públicas de segurança alimentar”.

Em seguida, o secretário geral da Rede de Informação e Ação pelo Direito a se Alimentar (Fian), Flavio Valente, apresentou o tema “Alimentação adequada: tendências e cenários dos sistemas agroalimentares e transição epidemiológica”. Para Flávio Valente, “o Brasil está fazendo um esforço enorme de apoiar a agricultura familiar, a pequena agricultura, o extrativismo, mas o agronegócio continua avançando e as políticas ainda continuam beneficiando em grande parte o agronegócio, a questão de não ter controle sobre os alimentos, sobre propaganda de alimentos”.

Dando continuidade ao debate, a ex-ministra do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, falou sobre a “Intersetorialidade, pacto federativo e participação social”.  A ex-ministra disse que “não podemos falar de segurança alimentar de maneira isolada, sem gestão integrada”. Para Márcia Lopes, é preciso colocar o tema no campo de todas as formações desde as universidades. “A segurança alimentar é um tema ousado que se contrapõe a tudo que já foi na historia do nosso país, enfrentando uma elite e um campo de poder imenso no mundo”, disse Márcia Lopes. A ex-ministra disse ainda que o “Consea é o campo do controle social, do debate, da cobrança, da convocação da sociedade, da militância que chega onde é possível falar da segurança alimentar e nutricional”.

Para encerrar as apresentações da mesa, a professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Ana Lúcia Pereira, falou sobre a “Insegurança alimentar da População Negra, Povos e Comunidades Tradicionais e Indígenas”. A professora disse que “não temos como pensar segurança alimentar e nutricional para essas populações sem pensar no uso dessa terra” e que, para cada povo, existe uma forma de utilização da terra e do território. “Emergencial hoje é discutir a posse da terra”, disse Ana Lúcia Pereira.


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