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Transtornos Alimentares foi tema da Sexta Básica


Data de Publicação: 29 de março de 2014
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2


A palestra da Sexta Básica "Transtornos Alimentares”, com foco na Síndrome do Comer Noturno, teve uma grande procura e lotou a sala em Porto Alegre. A nutricionista clínica Ana Harb falou sobre os tipos, as características, a gravidade e o manejo nutricional adequado dos transtornos alimentares. A palestra, mediada pela vice-presidente do CRN-2, Carmem Franco, foi assistida por nutricionistas, técnicos em Nutrição e Dietética, estudantes e público interessado no tema. A teleconferência, uma promoção do CRN-2 e do SESI-RS, ocorreu no dia 28 de março, e foi transmitida para as cidades de Bagé, Caxias do Sul, Lajeado, Passo Fundo, Pelotas e Santa Rosa.

   Ana Harb, doutora pelo programa de pós-graduação em Medicina: Ciências Médicas da UFRGS, professora da Unisinos, e integrante do grupo de Cronobiologia Humana, definiu os transtornos como enfermidades psiquiátricas crônicas caracterizadas por inadequações profundas no consumo, padrão e comportamento alimentar. Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa, Transtorno do Comer Compulsivo, Síndrome do Comer Noturno e Dismorfia Muscular foram delineados durante a palestra.

   A dificuldade de lidar com os afetos, as distorções da imagem corporal, a velocidade da perda de peso e o método compensatório utilizado por pacientes com Anorexia Nervosa foram apontados pela palestrante. Ana evidenciou a importância de um plano alimentar estruturado que assegure adequação nutricional e que nenhum grupo alimentar seja evitado.

   A Bulimia Nervosa, segundo a palestrante, segue um padrão alimentar centrado na culpa, com a restrição dietética, compulsão alimentar e a purgação. Ela lembrou que este transtorno tem os sinais clínicos e sintomas mais difíceis de detectar.

   Segundo Ana Harb, a Síndrome do Comer Noturno é caracterizada por um atraso no padrão alimentar circadiano (período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico dos seres vivos), pode ser desencadeada pelo estresse, os sintomas diminuem quando o problema é aliviado, além de estar associada ao risco de desenvolver obesidade. Entre os critérios para a investigação do diagnóstico deste transtorno, descritos pela palestrante, estão: falta de apetite pela manhã e/ou café da manhã é omitido em 4 ou mais manhãs na semana; presença de um forte impulso para comer entre o jantar e a hora de dormir e/ou durante a noite; insônia presente em 4 ou mais noites na semana; o humor é frequentemente depressivo e/ou piora à noite; o padrão da desordem alimentar ter sido mantido por pelo menos 3 meses.

   A nutricionista também elencou a Dismorfia Muscular como um transtorno alimentar, descrevendo como a extrema preocupação com um defeito imaginário na aparência física não relacionada ao peso. Ela salienta que é uma insatisfação específica com a musculosidade ao invés do corpo como um todo, com uma discrepância entre o imaginário e o real.  Também que é clinicamente significativa, causa muito sofrimento e prejuízo no trabalho, nos estudos e no relacionamento social.

   Ana Harb relacionou algumas habilidades necessárias para os profissionais que tratam de transtornos alimentares, como possuir conhecimento de psicologia e psiquiatria, de Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), além da necessidade de criar vínculo atuando de forma empática, colaborativa e flexível com o paciente. Ela finalizou sua apresentação, reforçando algumas características importantes do terapeuta nutricional: baixa dependência de gratificação, flexibilidade, alta tolerância à frustração, empatia, bom humor, fazer ou ter feito psicoterapia, e ter supervisão (equipe multidisciplinar e/ou nutricionista mais experiente).

Sexta Básica de abril

O tema da próxima teleconferência será "Interação Medicamento x Nutriente”. A palestra acontecerá no dia 25 de abril, das 16h30min às 17h30min. Inscrições já estão abertas.



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