8 de julho - Dia Mundial da Alergia
Data de Publicação: 2 de julho de 2021
Crédito da Matéria: Pamela S. Vitória Salerno, CRN-2 10759D
Dia 08 de julho se comemora o Dia Mundial da Alergia, que tem como objetivo alertar a população sobre cuidados e prevenção que podem salvar vidas, já que, em alguns casos, pode ser fatal.
A reação anafilática ou anafilaxia é a forma mais grave de reação alérgica, em geral desencadeada por medicamentos, picadas/ferroadas de insetos e alimentos, pode afetar todo o corpo e levar à morte. Os sintomas podem aparecer logo após o contato ou depois de horas, variam entre urticária, náuseas, vômitos, e o mais grave: edema de glote.
Em relação as reações alimentares, as mais frequentes são Alergia a Proteína do Leite de Vaca, (conhecida como APLV), frutos do mar (como camarão e peixes), ovo, trigo, soja, nozes e amendoim. Algumas frutas como morango, manga e banana também podem causar alergia, mas a prevalência é menor.
Em crianças, o tratamento consiste inicialmente na retirada do alergênico até que, com o tempo, ela possa tolerá-lo ou não, pois há casos em que a alergia persiste.
Entre os fatores de risco, a genética está associada e a exposição, tanto precoce quanto tardia, aos alimentos conhecidos como alergênicos.
Hoje usa-se o termo "JANELA IMUNOLÓGICA” afim de expor a criança em um período de amadurecimento do sistema imune, que fica entre os 6 e 9 meses do bebê, coincide com início da introdução alimentar. Por isso, a importância de orientação adequada para que sejam ofertados uma riqueza de variedades de alimentos, inclusive os alergênicos antes dos 12 meses.
Por outro lado, sabe-se que a exposição precoce de alimentos, principalmente leite de vaca, propicia o aumento do risco de desenvolver alergia. Portanto, saber o que ofertar e o momento adequado para isso é o esperado.
Além disso, deve acontecer aquele corriqueiro cuidado, porém ainda pouco aplicado, que é não alimentar um bebê ou criança sem antes perguntar aos pais e cuidadores.
Atentar para orientar professores e equipe na escola, assim como também informar aos outros pais, já que algumas alergias são graves e um simples contato pode levar a danos severos. Desta forma é possível evitar que outras crianças levem um determinado alimento que tenha risco de ser compartilhado.
É fundamental que, concomitante ao tratamento com médico alergista, haja orientação nutricional adequada para evitar carências nutricionais que possam levar a prejuízos à saúde.
Nutricionista Pamela S. Vitória Salerno, é graduada pela Universidade de Pelotas (UFPel)
Doutora em Saúde e Comportamento (UCPel).
Atua em atendimento clínico na cidade de Pelotas e é palestrante e professora.
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