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Número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047, afirma IBGE


Data de Publicação: 26 de julho de 2018
Crédito da Matéria: Assessoria imprensa - CRN-2
Fonte: IBGE


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   A população do país deverá crescer até 2047, quando chegará a 233,2 milhões de pessoas. Nos anos seguintes, ela cairá gradualmente, até os 228,3 milhões em 2060. Essas são algumas das informações da revisão 2018 da Projeção de População do IBGE, que estima demograficamente os padrões de crescimento da população do país, por sexo e idade, ano a ano, até 2060.
 
   Em 2060, um quarto da população (25,5%) deverá ter mais de 65 anos. Nesse mesmo ano, o país teria 67,2 indivíduos com menos de 15 e acima dos 65 anos para cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar (15 a 64 anos).
 
   Em relação à migração internacional, a projeção considerou a emigração da Venezuela para Roraima entre 2015 e 2022. Nesse período, migrariam para o estado cerca de 79,0 mil venezuelanos.
 
   A taxa de fecundidade total para 2018 é de 1,77 filho por mulher. Em 2060, o número médio de filhos por mulher deverá reduzir para 1,66. Entre os estados, as maiores taxas de fecundidade serão em Roraima (1,95), seguido por Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, todos com 1,80. As menores deverão ser no Distrito Federal (1,50) e em Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais, todos com 1,55. Já a idade média em que as mulheres têm filhos é de 27,2 anos em 2018 e deverá chegar a 28,8 anos em 2060.
 
   A revisão 2018 estendeu a Projeção da População para unidades da federação até 2060. Santa Catarina, que hoje tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos (79,7 anos), deverá manter essa liderança até 2060, chegando aos 84,5 anos. No outro extremo, o Maranhão (71,1 anos) tem a menor esperança de vida ao nascer em 2018, condição que deverá ser ocupada pelo Piauí em 2060 (77,0 anos).
 
  A projeção detalha a dinâmica de crescimento da população brasileira, acompanha suas principais variáveis (fecundidade, mortalidade e migrações) e projeta o número de habitantes do Brasil e das 27 unidades da federação, ano a ano, de 2010 a 2060. Esse estudo demográfico é realizado em parceria com órgãos de planejamento de quase todos os estados brasileiros e segue as recomendações da Divisão de População das Nações Unidas. O material de apoio da Projeção da População 2018 está à direita desta página.
 
Em 2060, população deverá voltar a patamar próximo ao de 2034
 
   A população total projetada para o país em 2018 é de 208,5 milhões. Esse número crescerá até alcançar o máximo de 233,2 milhões em 2047. A partir desse ano, a população irá diminuir até atingir 228,3 milhões em 2060, nível equivalente ao de 2034 (228,4 milhões).
 
   A taxa de fecundidade total (número médio de filhos por mulher) projetada para 2018 é de 1,77 filho por mulher, e deverá reduzir para 1,66 em 2060. A revisão 2018 mostrou que o envelhecimento do padrão da fecundidade é determinado pelo aumento na quantidade de mulheres que engravidam entre 30 e 39 anos e pela redução da participação de mulheres entre 15 e 24 anos na fecundidade em todas as grandes regiões do país.
 
Idade média em que as mulheres têm filhos deverá chegar a 28,8 anos em 2060  
 
   Além da queda do nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade da mulher também se altere, conforme já observado nas últimas décadas, em direção a um envelhecimento da fecundidade no Brasil. A idade média em que as mulheres têm filhos, que está em 27,2 anos em 2018, deverá chegar a 28,8 anos em 2060.
 
Estima-se que um quarto da população terá mais de 65 anos em 2060
 
  Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade chegará a 25,5% (58,2 milhões de idosos), enquanto em 2018 essa proporção é de 9,2% (19,2 milhões). Já os jovens (0 a 14 anos) deverão representar 13,9% da população (33,6 milhões) em 2060, frente a 21,9% (44,5 milhões) em 2018.
 
  O envelhecimento afeta a razão de dependência da população, que é representada pela relação entre os segmentos considerados economicamente dependentes (pessoas com menos de 15 e 65 anos ou mais de idade) e o segmento etário potencialmente produtivo (15 a 64 anos), que é a proporção da população que, em tese, deveria ser sustentada pela parcela economicamente produtiva.
 
   A razão de dependência da população em 2018 é de 44%. Esse indicador significa que 44 indivíduos com menos de 15 e com mais de 64 anos dependem de cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar (15 a 64 anos). Em 2039, a razão de dependência total deverá ser de 51,5%, quando a proporção de jovens (25,7%) e idosos (25,8%) se equivalerá. Essa proporção total deverá aumentar para 67,2% em 2060.
 
  Ainda em 2010, a razão de dependência era de 47,1%, e atingiu seu valor mínimo em 2017 (44,0%). A partir de então, essa proporção voltaria a crescer, chegando, em 2028, a 47,4%, o mesmo nível de 2010.
 
Fonte: IBGE
 

 

Hábitos e Comportamentos Alimentares dos idosos do Rio Grande do Sul  
 
   Conforme a nutricionista Claudine Lamanna Schirmer, o envelhecimento da população brasileira é irreversível. No Rio Grande do Sul (RS), 13,6% da população gaúcha é formada por idosos. Porto Alegre é a capital do Brasil em maior número percentual de idosos (15,04%) (IBGE, 2011). Existe uma necessidade atual de identificar os fatores relacionados ao envelhecimento sadio e com qualidade de vida. (CAMPOS, 2006), sendo nutrição saudável um destes fatores. 
 
    A alimentação comporta abordagens que vão desde os aspectos relativos a políticas de uso da terra e produção, distribuição e comercialização dos alimentos até a escolha coletiva e/ou individual. O universo da Alimentação corresponde a uma noção ampla e potencialmente capaz de abarcar componentes de felicidade, de bemestar e de segurança presentes no cotidiano de pessoas de todas as idades (MENEZES et al, 2010). No Brasil, uma das características marcantes da população idosa é o baixo poder aquisitivo, situação que é agravada em razão da exclusão dos idosos do mercado de trabalho, fato que, certamente, resulta na aquisição de alimentos de custos mais acessíveis e contribui para a monotonia da alimentação. (CAMPOS et al, 2000). Conforme Arancetabartrina (1988), a integração social é outro fator que tem papel relevante na alteração do consumo alimentar do idoso. A solidão familiar e social predispõe o idoso à falta de ilusão e preocupação consigo, fazendo com que se alimente de forma inadequada em quantidade e qualidade. Nesses casos, há tendência ao desestímulo para 268 comprar e preparar alimentos variados e nutritivos (ARHONTAKI, 1990; MORIGUTI et al., 1998; CAMPOS, et al, 2000). O envelhecimento, apesar de ser um processo natural, submete o organismo a diversas alterações anatômicas e funcionais, com repercussões nas condições de saúde e nutrição do idoso. 
 
Claudine Lamanna Schirmer


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