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Outubro Rosa - Mês de Prevenção ao Câncer de Mama


Data de Publicação: 5 de outubro de 2022
Crédito da Matéria: Nutricionista Luana Zamin
Fotos: Assessoria de Comunicação - CRN-2


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A atuação do Nutricionista na prevenção e tratamento do Câncer de Mama

Nutricionista Luana Zamin CRN-2 13.506

No Brasil, dentre todos tipos de câncer, o de mama é o de maior incidência em mulheres, sendo o Sul e o Sudeste as regiões que possuem as maiores taxas (INCA, 2022).

As causas desse tipo de câncer são variadas, mas, em sua maioria, estão relacionadas a fatores externos, ou seja, que podem ser prevenidos. Dentre eles podemos destacar o excesso de peso corporal, baixo consumo de fibras, sedentarismo e o não aleitamento materno.

Estudos recentes, que avaliaram mulheres com diagnóstico de câncer de mama, apontam que as mesmas têm um terço da sua alimentação composta por alimentos ultraprocessados e baixo consumo de alimentos in natura, proteínas e fibras, aspectos esses que favorecem o aumento de peso (Sales et. al, 2020).

O não aleitamento materno também amplia as chances do aparecimento desse tipo de câncer. Pesquisas mostram que o risco de desenvolver esta patologia é diminuído em 6% em cada 12 meses de amamentação, ou seja, quanto mais a mulher amamentar, menores as chances de desenvolver a doença (Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Cancer , 2002).

Diante desse cenário, em que os hábitos são os principais fatores que influenciam no aparecimento do câncer, é impossível não associar o papel do nutricionista como agente de prevenção, já que é o profissional tecnicamente e legalmente habilitado para falar sobre alimentação na prevenção e tratamento de doenças.

Atualmente, as orientações nutricionais voltadas para a prevenção do câncer de mama são as mesmas citadas no Guia Alimentar para a População Brasileira, o qual enfatiza com clareza os níveis de processamento dos alimentos, os quais podem trazer benefícios (in natura, minimamente processados ou processados) ou prejuízos (ultraprocessados) para a saúde.

Dentre as principais orientações estão: evitar o consumo de alimentos industrializados, ricos em açúcar, sal, gordura, corantes e conservantes, como por exemplo, bebidas açucaradas, doces e guloseimas, biscoitos recheados, salgadinhos, macarrão instantâneo, salsicha, sorvete, etc. Essas formulações ultraprocessadas não proporcionam ao organismo a nutrição adequada pelo alto valor energético e por não serem fontes de fibras, vitaminas e minerais. Por outro lado, o Guia orienta que os alimentos in natura e minimamente processados sejam a base da alimentação. Nesse grupo, temos os alimentos que não sofreram nenhuma mistura e/ou adição de ingredientes pela indústria, ou seja, chegam até nós com suas características naturais preservadas, são exemplos: grãos, cereais, legumes, verduras, frutas, raízes e tubérculos, leite, ovos e carnes (Guia Alimentar para a População Brasileira, 2014).

Durante o tratamento para o câncer, a Nutrição também desempenha papel importante na manutenção e recuperação do estado nutricional do paciente, otimizando as possibilidades de sucesso. Nessa fase é possível incentivar o indivíduo a resgatar hábitos de vida saudáveis e também atuar no manejo dos efeitos colaterais causados por radio e quimioterapia.

A terapia hormonal, usada no tratamento do câncer de mama, muitas vezes, contribui para o ganho de peso nas pacientes, aumentando também o risco para o aparecimento de diabetes, hipertensão, entre outras desordens metabólicas (Silva et al.,  2010). Nesse momento, destaca-se a importância de seguir uma alimentação equilibrada, rica em vegetais, frutas, proteínas magras, cereais integrais, boa hidratação e atividade física.

Assim sendo, novamente, reforça-se que hábitos saudáveis são fundamentais para a saúde dos indivíduos nas mais diversas situações da vida, e o nutricionista é responsável por orientar e acompanhar cada caso considerando as caraterísticas individuais de cada um.


________________________________________________________________________________________Referências bibliográficas

Instituto Nacional do Câncer (Inca). https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/dados-e-numeros/incidencia acesso em: 17 set. 2022.

Sales, Julianne do Nascimento; Barbosa, Manuela Cunha; Bezerra, Ilana Nogueira; Verde, Sara Maria Moreira Lima. Consumo de Alimentos Ultraprocessados por mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama. Revista Brasileira de Cancerologia, 2020.

Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Cancer.  Breast cancer and breastfeeding: collaborative reanalysis of individual data from 47 epidemiological studies in 30 countries, including 50302 women with breast cancer and 96973 women without the disease. Revista Lancet, 2002.

Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira, 2014.

Silva, Bianca Costa; Fernandes, Renata Costa; Martins, Karine Anusca; Machado, Maria Grossi. Influência da quimioterapia no peso corporal de mulheres com câncer de mama. Com. Ciências Saúde, 2010.

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